sexta-feira, 21 de junho de 2013

A senda do Mar




O ressurgimento aconteceu em um dia de muita chuva e frio, o vento cortante que soprava com toda sua força, trazia consigo todas as vozes que ouviram o rugido do dragão. Aquela realidade desconhecida e agora desvendada fortalecia o poder pessoal da criatura. Ele aparece sobrevoando o mar, as batidas de suas asas formava um grande furação, os ventos vinham impulsionados pelos gritos dos seres que se libertaram, eles ecoavam por toda parte. Desta vez não existe um circulo mágico, apenas a vontade do dragão e o seu bater de asas modificam completamente a região, revelando os mistérios abismais dentro do mar.


Refletindo por um momento ele escuta um dos gritos que ansiava por aprendizado, mal sabiam eles o quanto tinham aprendido com isso. O veneno estava desaparecendo das mentes solitárias, um estado de consciência e realidade chamava todos a liberdade diária,  alternando o fluxo de interpretação da normalidade. Depois de romper com a certeza dogmática e instigar o pensamento coletivo fortalecendo as percepções da realidade, ele mais uma vez solta o seu rugido que é impulsionado com o vento que se forma com os movimentos de suas enormes asas " Cantem andorinhas vermelhas, durante algumas tardes os céus se escurecerão, os sinos das catedrais anunciaram o ritmo, as minhas asas direcionaram os ventos e a natureza mostrará toda sua força, somente assim a balança encontrará o equilíbrio". Depois de proferir suas palavras e jogá-las no vento em sua frente, instantaneamente ele para de bater suas asas, enquanto as águas se esforçam para retornar a sua posição original. Ele aproveita este intervalo de tempo mergulhando em direção ao abismo. A calmaria retornava, mas com a certeza que a força que pairava sobre a terra continuava sondando todas as sendas da escuridão.

 

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