Da melhor maneira possível, a vida se encarrega de nos treinar para os desafios que ela mesmo nos apresenta. Mesmo em posse das verdades que se revelam de várias maneiras e variáveis possíveis de conceituação, posso garantir que ela nos coloca de frente a inúmeros caminhos, muitos deles nos facultam a alcançar a iluminação do próximo passo ou etapa. Embora tudo não se encaixe em um sistema 100% controlável, estabelece-se uma consciência introspectiva, interior ou espiritual que grava todos as nossas reações para enfrentar e colher os melhores aprendizados de cada ato, seja ela representada pela sociedade ou pela constante vontade viver e força de adaptação da natureza. Muitas vezes isso é arraigado em todas as partes e emergem as percepcões através de uma rede ou teia que estabelecem conceitos abstratos e intangíveis, alguns até formam processos, memorias, sentimentos, sensações e experiencias as vezes empíricas, outras vezes ilusórias. Entretanto tudo isso tem reflexo na realidade.
Depois de anos trilhando vários caminhos em minha vida, percebi que alguns eventos fugiam ao meu controle e torciam a lógica de tudo o que eu antevia ou programava com base em meus conhecimentos de PNL, estratégia e gerenciamento. Não irei detalhar esses eventos porque a experiencia é única e até sem lógica diante de vários eventos que levam a esse estado que não é absoluto. O que posso afirmar é que mediante a observação, percebi que a nossa mente está acostumada com a rotina, ela entra em estado de repetição e não consegue sair deste estado a não ser que receba um estimulo exterior. Rotineiramente limitamos a nossa visão, e enxergamos apenas o que já nos acostumamos a olhar, ouvir e pensar. A única forma de finalizar essa sequência é através de uma viagem a universos paralelos criados pela leitura, por histórias, filmes, séries etc. Entretanto em paralelo, não muito distante, para muitos que até certo ponto se acham libertos ou fora da linha, se propoem a debater e especular sobre a manipulação de massa realizada pela mídia. Eu discordo disso, pode até existir a tentativa de doutrinação das massas, mas com o alto fluxo de informação, a mente criou um filtro e adaptou-se conforme o que relacionamos com nosso ambiente, com os valores, com a família, e o trabalho. A relação com os símbolos também são pertinentes, mas não adianta tentar vender a salvação, a cura ou redenção dos pecados para alguém que não participa de uma sociedade doutrinada e religiosa, isso não teria valor algum e não faria diferença nenhuma em sua vida se ele não participa-se de uma sociedade deste tipo, a não ser que devido à falta de informação ele resolva entregar todas as ações de sua vida ao desconhecido e forças duvidosas. Mas até que ponto o ser é capaz de abrir mão de seu controle para entregar nas mãos de um ser invisível? Talvez alguns acreditem que chegaram a esses estados de completa entrega e fé, mas se olharmos ceticamente ninguém consegue abrir mão de si mesmo quando as necessidades da vida e fisiológicas estão constantemente no controle, em visões até mais cientificas ninguém poderia negar que a força da gravidade que mantem todos os planetas, estrelas, pessoas e o universo em seu devido lugar é um tipo de controle que não se abriria mão apenas pela vontade, devoção ou força.
Por último, a inutilidade é acima de tudo a melhor e mais profunda reflexão sobre como conduzir e guiar nossas mentes, estudo e vida. Não adianta desprender energia em algo sem sentido ou que não ajudará a formar uma versão mais trabalhada de cada um. As ações devem ser imediatas e não guiadas, a capacidade de solucionar problemas sem planejamento é mais interessante, não obstante, somos forçados a agir por emoções e com a natureza de cada situação. Talvez muitos tenham escutado ou aceitado por comodidade, planejar é necessário, planejamento é fundamental etc. Entretanto na construção de objetos, casas, finanças e coisas tangíveis ou executáveis é sensato fazer planejamento, mas quando entramos na seara dos comportamentos, da mente, das ilusões e sentimentos isso não se aplica.
Paradox Obscur - Abeyance
Leaves are falling
Strange highways out in the cold
The world is turning
As your eyes take a fall
No need to hide the lunar light
No need to leave your best divine
Just keep the eye on the inner sign
When night is down without a star
No need to rush, no need to cry
Just use the force you have inside
Just need to push, things one more time..
